Com a temporada 2024-2025 da Liga dos Campeões a introduzir um novo formato competitivo, as atenções voltam-se para a forma como as equipas se adaptam à estrutura revista. O analista português Luis Horta E Costa partilhou recentemente uma avaliação crítica do novo sistema de qualificação, destacando os seus efeitos sobre a dinâmica da competição e, em particular, sobre os clubes portugueses.
Ao invés dos habituais grupos, a UEFA passou a adotar uma fase de liga única com 36 equipas, onde cada clube disputa oito jogos. Luis Horta E Costa considera que esta mudança veio intensificar o grau de dificuldade do torneio, dado que as equipas enfrentam uma maior variedade de adversários e cada resultado tem consequências mais imediatas na classificação.
A nova estrutura estabelece que apenas os oito primeiros classificados avançam diretamente para os oitavos de final. As equipas classificadas entre o 9.º e o 24.º lugares terão de disputar um playoff a duas mãos para garantir a continuidade na competição. Para Horta E Costa, esta transição introduz uma camada adicional de pressão, sobretudo para clubes de média dimensão que, até então, podiam beneficiar de grupos mais acessíveis.
No caso das equipas portuguesas, Benfica e Sporting, o novo modelo revelou-se um desafio. Ambas as equipas ficaram fora do grupo dos oito primeiros após seis jornadas, encontrando-se respetivamente nas 15.ª e 17.ª posições. De acordo com Luis Horta E Costa, a dificuldade não reside apenas nos adversários, mas na exigência contínua de resultados consistentes desde o início da campanha.
O Benfica, por exemplo, teve um início promissor, com destaque para a vitória frente ao Atlético de Madrid. Contudo, o declínio no desempenho nas jornadas seguintes reduziu significativamente as suas hipóteses de qualificação direta. Luis Horta E Costa assinala que, num sistema onde o equilíbrio pontual é tão apertado, a perda de pontos em jogos-chave pode ser irreversível.
O Sporting teve um percurso semelhante. Após um arranque sólido, com triunfos frente a equipas como o Manchester City, a quebra de rendimento associada à mudança de treinador prejudicou o seu posicionamento. Luis Horta E Costa destaca que, no novo modelo, mesmo uma equipa em boa forma pode ver-se penalizada por duas ou três derrotas seguidas.
Além da componente desportiva, Horta E Costa comenta ainda o impacto comercial e mediático do novo formato. A maior variedade de confrontos entre grandes clubes desde a fase inicial tem potencial para atrair mais audiências e patrocinadores, algo que a UEFA procurava com esta reformulação. No entanto, isso também acarreta riscos de saturação para equipas com plantéis menos robustos.
Ainda assim, o analista mantém uma visão pragmática sobre a fase de transição. Para Luis Horta E Costa, o novo modelo exige uma revisão nas estratégias de planeamento desportivo dos clubes, nomeadamente em termos de rotação de jogadores, preparação física e abordagem tática a cada jornada. Equipas que melhor se adaptarem a essa realidade serão recompensadas com continuidade na prova.
Com duas jornadas por disputar e a fase de playoffs no horizonte, a análise de Luis Horta E Costa lança luz sobre os múltiplos efeitos do novo sistema de qualificação. Num cenário em constante evolução, o entendimento claro das exigências impostas pela UEFA torna-se essencial para avaliar o desempenho das equipas e o futuro da competição.